Mecila
14 Nov

Mantendo a batida

Paisagens sonoras do ativismo negro

Sesc 24 de Maio, São Paulo

Acerca del evento

14 de novembro de 2025 | 19h-21h
Sesc 24 de Maio: Hall de Esportes – 8º andar | Rua 24 de Maio, 109 – República, São Paulo

Evento gratuito – Retirada de ingressos com 30 minutos de antecedência

As tradições musicais afro-americanas nos EUA oferecem uma janela para a criatividade e a longevidade da política cultural negra dentro de uma luta mais ampla e contínua pela liberdade negra. Sejam spirituals, blues, gospel, jazz, R&B, funk ou hip hop, esses diversos gêneros musicais moldam paisagens sonoras características do ativismo negro em resposta ao racismo anti-negro.
A paisagem sonora de uma era não apenas reflete as experiências compartilhadas e os desafios de uma geração de pessoas negras, mas também contextualiza suas aspirações e estratégias políticas.
Nesta apresentação, a socióloga e teórica do feminismo negro Patricia Hill Collins (University of Maryland, Estados Unidos) desenvolve a ideia de paisagens sonoras para explorar como as pessoas negras que cresceram durante fases específicas da luta pela liberdade negra usam a música e o som para compreender e atuar em seus mundos sociais. A paisagem sonora característica de uma geração específica reflete as experiências vividas por esse grupo, seu acesso a práticas culturais negras e suas aspirações políticas.
Usando a metáfora de “mantendo a batida” como um pilar para o ritmo do ativismo negro intergeracional, ela observa como a política cultural contemporânea do hip hop participa dessa luta contínua pela liberdade negra.
Para discutir essas ideias, participarão também a socióloga Márcia Lima (Universidade de São Paulo e AFRO-CEBRAP) e a antropóloga Jaqueline Lima Santos (Universidade de Campinas).
A atividade é organizada pelo Mecila, o Maria Sibylla Merian Centre Conviviality-Inequality in Latin America, em parceria com o Sesc São Paulo.


Cred: Janel Lee | Wanezza Soares | Divulgação

Patricia Hill Collins
Professora Emérita de Sociologia na Universidade de Maryland e de Estudos Afro-Americanos na Universidade de Cincinnati. É autora de livros fundamentais como Black Feminist Thought, Intersectionality (ambos com múltiplas edições) e Intersectionality as Critical Social Theory. Sua antologia Race, Class, and Gender, coeditada com Margaret Andersen, é amplamente utilizada em universidades há mais de 30 anos. Seus trabalhos são traduzidos internacionalmente. Foi a primeira mulher afro-americana a presidir a American Sociological Association (2008). Recentemente, foi eleita para a American Academy of Arts and Sciences (2022) e recebeu o prestigioso Prêmio Berggruen de Filosofia e Cultura (2023).

Márcia Lima
Professora do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) onde coordena o Programa de Pós-graduação em Sociologia. É pesquisadora sênior associada ao Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP) e atualmente é membro do Comitê Executivo da Brazilian Studies Association, 2017-2019. Seus temas de investigação são: desigualdades raciais e relações raciais, com ênfase nos temas de gênero e raça, educação, mercado de trabalho, políticas de ações afirmativas.

Jaqueline Lima Santos
Doutora em Antropologia Social pela Unicamp e Harvard Alumni Fellow. Atua como professora, pesquisadora e consultora nas áreas de equidade, raça, gênero, diversidade, educação, infância e juventude, história e cultura afro-brasileira e africana e PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa). Recebeu premiações das organizações Fórum África, ONU Mulheres, Câmara Municipal de Sorocaba e Núcleo Ciência pela Infância (NCPI) por trabalhos desenvolvidos. Desenvolve pesquisas sobre Hip Hop em São Paulo.