maria sibylla merian centre
conviviality-inequality in latin america
maria sibylla merian centre
conviviality-inequality in latin america
Com inspiração em Beatriz Nascimento, quando ela sugere que “quilombo é o espaço geográfico no qual se tem a sensação do oceano”, as fellows do Mecila em 2020, Encarnación Gutiérrez-Rodríguez, Juliana Streva e Léa Tosold costuram um diálogo poético-político a fim de sentipensar (r)existências e convivialidade em contextos caracterizados por violências e desigualdades.
Em meio ao maremoto que estamos vivendo, este episódio é um convite para se imagear modos outros de produção de conhecimento e de intervenção dentro e fora da universidade.
Encarnación Gutiérrez-Rodríguez foi Pesquisadora Visitante no Mecila em 2020 e é professora de sociologia geral da Justus-Liebig-Universität Gießen. Suas pesquisas abordam trabalho afetivo, violência estrutural nas políticas de controle migratório da União Europeia, racismo institucional, dentre outros temas.
Juliana Streva foi pesquisadora visitante de pós-doutorado no Mecila em 2020. Doutora em direitos humanos pela FU Berlin, seu trabalho envolve a interação da corporeidade, estruturas coloniais de violência, feminismos interseccionais e insurreições periféricas.
Léa Tosold foi pesquisadora visitante de pós-doutorado no Mecila em 2020. Doutora em ciência política pela USP, seu principal interesse é nas epistemologias feministas antirracistas. Atualmente, trabalha com política da memória e suas conexões globais-locais através de etnografias íntimas e territorialidades coletivas.
Juliana M. Streva | Corpo, Raça, Poder. Extermínio Negro no Brasil (Editora Multifoco, 2018).
Léa Tosold | Autodeterminação em três movimentos: a politização das diferenças sob a perspectiva da (des)naturalização da violência (Tese de Doutorado, Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo, 2018).
Maria Beatriz Nascimento | “Por um território (novo) existencial e físico”, in: Beatriz Nascimento, quilombola e intelectual: possibilidade nos dias de destruição (São Paulo: União dos Coletivos Pan-Africanistas; Editora Filhos de África, 2018).
Conceição Evaristo | “Vozes Mulheres” e “Recordar é preciso“, in: Poemas de recordação e outros movimentos (Editora Malê)
José Carlos Limeira | “Quilombos: para Abdias do Nascimento e Lélia Gonzalez (in memoriam)” (Revista Repertório, 2, 17, 2011).
Beatriz Nascimento | “Transgressão”, Alex Ratts; Bethânia Gomes (orgs.) Todas [as] distâncias: poemas, aforismos e ensaios de Beatriz Nascimento (Salvador: Editora Ogum’s Toque Negros).
Derek Walcott | “The Sea is History“, in: The Star-Apple Kingdom (New York: Farrar, Straus and Giroux).
Lia de Itamaracá | “Falta de Silêncio” (composição de Alessandra Leão), in: Ciranda sem fim.
Mbé | “A Caminho de Palmares”, in: Rocinha, 2021.
Metá Metá | “Cobra Rasteira“, in: Metal, Metal, 2012.
Paulinho da Viola | “Timoneiro” (composição de Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho) in: Bebadosamba, 1996.
Z’África Brasil | “Antigamente quilombos, hoje periferia” in: Antigamente quilombos, hoje periferia, 2002.
Zé Manoel | “Escuta Beatriz Nascimento”, in: Do Meu Coração Nu, 2020.
AnarcopunkORG | Se Palmares Não Vive Mais, Faremos Palmares de Novo! (ato contra o racismo e a higienização social organizado pelo Comitê contra o Genocídio da População Negra, que culminou com a ocupação do shopping Higienópolis em São Paulo pel*s manifestantes, em 11 de fevereiro de 2012).
Raquel Gerber (1989): Ôrí. Documentário, 1989.
Armando Figueiredo Neto; Gabriel Priolli Netto | O negro: da senzala ao soul. Telejornal TV2Cultura, Departamento de Jornalismo da TV2Cultura de São Paulo. Documentário, média metragem, 5 jul. 1977.
Edição por Gil Fuser | gilfuser.net
Capa do episódio:
Arte gentilmente cedida por Rosana Paulino.