Pesquisa Temática

2024 Informalities

Informalidades

Abstract

Uma multiplicidade de fatores demográficos, sociais e econômicos, como a reestruturação da produção, a integração dos avanços tecnológicos ao trabalho e as crises econômicas, está relacionada ao crescimento das atividades informais. No contexto do Tema Anual 2024 sobre Informalidade, o Mecila tem como objetivo fomentar debates teóricos, pesquisas empíricas e estudos de caso que aprofundem a informalidade em relação ao nexo convivialidade-desigualdade que orienta a agenda de pesquisa do Centro.

Antonella Delmonte Allasia

Pesquisadora

Professora e doutora em Antropologia pela UBA (Universidade de Buenos Aires) e pós-doutoranda do CONICET (Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas) no Instituto de Pesquisa em Estudos de Gênero (IIEGE). É membro do grupo de trabalho sobre Migrações Sul-Sul e Fronteiras do CLACSO (Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais) e da AAIHMEG (Associação Argentina de Pesquisa em História da Mulher e Estudos de Gênero). Participou de vários grupos e projetos de pesquisa nacionais e internacionais sediados no CONICET, CONACYT (Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia) e UFPI (Universidade Federal do Piauí). Ela também é tutora do Instituto Nacional de Formação de Professores. Seu tema de pesquisa analisa a experiência dos trabalhadores da indústria do vestuário.

Repensando a informalidade dos trabalhadores migrantes bolivianos na indústria do vestuário: diálogos etnográficos entre São Paulo e Buenos Aires

O objetivo deste projeto é repensar o conceito de informalidade com base nas experiências e trajetórias de trabalho dos migrantes bolivianos no campo da produção de vestuário em São Paulo e Buenos Aires. Proponho uma análise aprofundada de suas interações e experiências cotidianas na informalidade, a fim de compreender o impacto multidimensional nos regimes de convivência e desigualdade. Partirei de um estudo etnográfico na indústria do vestuário e, por meio de uma análise comparativa, tentarei aprofundar a articulação entre informalidade e convivialidade. Portanto, busco contribuir para o aprofundamento, a desagregação e a especificação das informalidades como um tema central para o Mecila em 2024. O projeto prevê contribuições em duas linhas principais. Em primeiro lugar, ele visa ampliar os estudos etnográficos regionais com uma perspectiva comparativa. Em segundo lugar, visa enriquecer as discussões teóricas sobre a informalidade e suas conexões com a convivência no contexto regional contemporâneo.

Cristina Teixeira Marins

Pesquisadora

Pesquisadora de pós-doutorado no Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e bolsista de pós-doutorado da Hunt pela Fundação Wenner-Gren. Foi pesquisadora visitante no Departamento de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Bath, recebeu seu doutorado e mestrado em antropologia pela UFF (Universidade Federal Fluminense) e um mestrado em sociologia das sociedades contemporâneas pela Faculté de Sciences Humaines et Sociales – Sorbonne de la Université Paris Descartes. Sua pesquisa se concentra nas transformações do mercado de trabalho assalariado brasileiro na economia de plataforma.

Da informalidade à economia de plataforma: A transformação do trabalho no Brasil e suas implicações políticas no século XXI

Esse projeto de pesquisa estuda populações periféricas que trabalham no mercado de trabalho livre de salários, incluindo formas de trabalho autônomo, trabalho informal e trabalho por conta própria. A pesquisa se concentra nas transformações sociais que ocorreram nos últimos anos como consequência da disseminação das plataformas digitais, tanto as que envolvem relações contratuais triangulares entre trabalhadores, plataformas e clientes, quanto as plataformas de redes sociais. Embora iniciativas específicas de pesquisa tenham contribuído de forma relevante para a atualização da noção de classe trabalhadora no Brasil, a questão das mudanças que as tecnologias digitais provocam no trabalho e sua relação com a subjetividade política dos trabalhadores nas periferias brasileiras continua pouco explorada. Este projeto colabora para preencher essa lacuna, com base em iniciativas específicas e ainda escassas. Mais especificamente, a pesquisa explora como os trabalhadores do mercado de trabalho informal percebem a evolução das condições de trabalho e de vida, como forjam suas visões políticas, como a Internet e as redes sociais colaboram na formação de subjetividades políticas, quais são as expectativas dos trabalhadores para o futuro e que tipos de organização coletiva emergem nesse contexto. Esta proposta se baseia em material de pesquisa coletado nos últimos dois anos, incluindo trabalho de campo etnográfico, grupos focais com 72 pessoas que trabalham em vários setores do mercado de trabalho não remunerado, 36 entrevistas em profundidade e monitoramento sistemático de redes sociais.

Ornela Alejandra Boix

Pesquisadora

Doutora em Ciências Sociais pela UNLP e pesquisadora adjunta do CONICET (Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas). Atualmente, ela também ocupa o cargo de secretária acadêmica no departamento de sociologia da Faculdade de Humanidades e Ciências da Educação da UNLP. Leciona metodologia de pesquisa social na mesma instituição e ministra cursos sobre metodologias etnográficas e sociologia da cultura em várias universidades argentinas. Sua pesquisa se concentra principalmente na sociologia cultural, explorando as interseções entre estética, trabalho e política cultural nas cenas musicais contemporâneas.

O tecido da música “independente” em um processo de mudança histórica: Convivialidade e informalidade nas convenções musicais de Buenos Aires e São Paulo

Este projeto enfoca as estruturas informais da música “independente” em Buenos Aires e São Paulo nos últimos vinte anos de transformação histórica. Até a década de 1990, a música “independente” se referia a pequenos grupos resistentes ao mercado concentrado e às instituições governamentais. Hoje, a “independência” está associada a segmentos sociais mais amplos e heterogêneos, musicalmente híbridos e ligados a políticas e empresas culturais do Estado. Nesse contexto, a música “independente” pode ser lida como uma configuração de convívio caracterizada por assimetrias econômicas, tecnológicas, de poder e de gênero. Ao prestar atenção às interações entre músicos, funcionários do Estado e agentes das indústrias e mercados culturais, bem como às construções simbólicas desses grupos, este projeto visa a entender como as tecnologias, as políticas públicas, os mercados e os gêneros são montados na música “independente” contemporânea. Usando uma metodologia qualitativa, focamos empiricamente nas convenções de música em Buenos Aires e São Paulo, áreas metropolitanas centrais para a produção musical latino-americana. Essas feiras misturam música ao vivo, conferências, workshops e rodadas de compradores e vendedores (tanto privados quanto estatais), onde os relacionamentos são consolidados, os empregos são garantidos e o trabalho artístico é promovido.

2023

Visualidades submersas na literatura, no cinema e na arte performática latino-americana: novas perspectivas sobre a natureza e a indigeneidade

Resumo

Este Grupo de Pesquisa Temática se concentra nos entrelaçamentos entre o conhecimento indígena e as práticas artísticas, compreendendo como a natureza/meio ambiente é encenada por meio da arte e de diferentes mídias para além das estruturas ocidentais. Assim, buscamos perspectivas submersas: outras formas de ganhar visibilidade e múltiplas possibilidades de agência que subvertem o olhar extrativista. Nossa pesquisa explora como o cinema, a literatura e a arte performática representam e encenam o nexo entre convívio e desigualdade e até que ponto eles criticam e invertem as estruturas assimétricas nas relações entre atores humanos e não humanos.

Berit Callsen

Pesquisadora

Berit Callsen é doutora em Filologia Românica. Desde 2017, é professora assistente de Estudos Culturais de Língua Românica na Universität Osnabrück, Alemanha. Seus principais interesses de pesquisa são as construções da corporeidade na literatura e cultura contemporânea da América Latina; culturas subalternas na modernidade espanhola (séculos XIX/XX); representações da natureza em documentários latino-americanos recentes; e visualidade e poética do olhar na literatura e cinema espanhol, latino-americano e francês (séculos XX/XXI).

Sinopse:
Na última década, as representações da natureza/meio ambiente ganharam cada vez mais visibilidade no cinema documental chileno. Minha pesquisa se concentra em um corpus de quatro documentários (curtas-metragens) recentes de Patricio Guzmán, Galut Alarcón, Álvaro Hamamé e Rosario López/Sebastián Pinto (2015-2021), que prestam especial atenção às múltiplas relações de convivialidade entre humanos e não humanos, e tornam visíveis as tensões e conflitos que surgem em contextos de exploração e extração de recursos naturais. Dentro das estruturas subjacentes de desigualdade, os filmes destacam as perspectivas indígenas sobre a natureza, especialmente sobre a água. Em termos de representações da relação convivial entre natureza e humanos, a cosmovisão mapuche centra-se na situacionalidade do conhecimento “hidro” no pensamento e na existência indígena. Assim, os filmes operam com conceitos da ontologia indígena/relacional, bem como com a noção de justiça ambiental indígena relacional, e oferecem perspectivas sobre um mundo percebido de forma diferente. Nesse sentido, o projeto de pesquisa visa investigar a hidro-estética encenada pelos filmes em termos de outras epistemologias, posições éticas e representações. Até que ponto essas estéticas refletem uma dinâmica entre marginalização e inclusão de conhecimentos, vozes e imaginários? E quais são os efeitos de formas recentes de documentários híbridos que tentam inverter as estruturas assimétricas das relações conviviais mediadas?

Flavia Pinheiro Meireles

Pesquisadora

Flavia Meireles é artista e professora do Programa de Pós-graduação em Relações Étnico-raciais do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ). É doutora em Comunicação e Cultura e mestra em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi pesquisadora visitante no Centre for Transforming Sexuality and Gender da Universidade de Brighton em 2022 e do Angewandte Theaterwissenchaft (ATW) na Universidade Justus-Liebeg em 2018/2019. Sua tese de doutorado “Movimentos sociais e contextos artísticos: lutas pelos corpos e pela terra no capitalismo neoliberal” recebeu menção honrosa da Associação Brasileira de Estudos da TransHomocultura (ABETH) em 2021. Seus interesses de pesquisa são: movimentos indígenas em Pindorama e Abya Yala, artes em sua articulação com políticas de raça, gênero e sexualidade, além de feminismos contracoloniais do Sul Global.

Sinopse:
Há uma forma de “demarcação artística” na performance realizada pelos povos indígenas no Brasil/Pindorama? Demarcação é o termo jurídico que indica a reparação formal histórica pelo Estado Brasileiro a partir da devolução de terras, que por mais de cinco séculos foram expropriadas das etnias indígenas por meio de diversas formas (i)legais. Resultado de uma longa luta dos movimentos indígenas, a demarcação foi finalmente instituída como um instrumento constitucional apenas em 1988 e raramente colocada em prática. Atualmente, testemunhamos a emergência de artistas indígenas no campo institucionalizado da arte performática, trazendo suas cosmologias para as artes. Este projeto de pesquisa tem como objetivo observar essa emergência e interrogar a possibilidade de uma “demarcação artística” na performance através do trabalho dos artistas indígenas Lian Gaia e Barbara Matias. A questão da disputa de terra aparece como uma preocupação para esses artistas indígenas em diversos níveis. No entanto, o entendimento de terra (Mãe Terra, Pachamama) para os povos indígenas ultrapassa a perspectiva limitada ocidental de considerá-la “recurso natural” ou propriedade para o extrativismo predatório (Medrazza & Neilson, 2013). Em seu sentido mais profundo, a terra (Pachamama) é contígua aos corpos indígenas, ligada a um entendimento do corpo enquanto território (Xakriaba, 2010; Goméz Grijalva, 2020). Através do trabalho desses artistas, investigarei se podemos observar uma “demarcação artística” no Brasil/Pindorama e quais são suas limitações e trangressões.

Mariana Maia Simoni

Researcher

Mariana Simoni é professora assistente na área de Literaturas e Culturas Latino-Americanas, com ênfase em Estudos Brasileiros no Instituto de Estudos Latino-Americanos, FU Berlin. Possui doutorado em Estudos Literários pela Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUCRJ), além de ter recebido uma bolsa de pesquisa de doutorado da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB). É coordenadora do subprojeto “Postautonome künstlerische Interventionen in Brasilien und Argentinien” (SFB 1512 “Intervenierende Künste”) juntamente com a professora Susanne Zepp. Sua pesquisa atual tem foco na Virada Ontológica dos Estudos Literários, Ecocrítica na América Latina e no Brasil e novos materialismos na Literatura e nos Estudos Culturais.

Sinopse:
A metamorfose tem sido estudada principalmente como um corpus específico da literatura, mesmo quando relacionada a um enquadramento teórico decolonial e ao discurso de espécies no contexto da literatura latino-americana. O projeto visa investigar a relação entre literatura e xamanismo, enfocando-se no processo de tornar-se animal e colocando o conceito de metamorfose no centro da experiência estética. Ele parte tanto do papel fundamental da percepção visual nos processos cognitivos subjetivos, quanto da definição da prática xamânica com base em três ações: ver, mover-se e contar no papel do xamã como mediador entre mundos. A hipótese a ser investigada é a de que a inserção do processo de tornar-se animal no quadro comunicativo da experiência xamânica permite uma concepção corporeificada da visão, e, portanto, o surgimento de novas estratégias performáticas (estéticas). Tendo como base a intersecção entre as concepções indígenas de xamanismo e textos canônicos da literatura latino-americana, nos quais a metamorfose desempenha um papel central, o projeto se concentra em duas obras específicas: La frontera/Borderlands (Gloria Anzaldúa,1987) e La mucama de Omicunlé (Rita Indiana, 2015).

2021 Conservadorismos

Uma nova gramática para a elaboração de políticas públicas de direitos humanos: gênero, sexualidade e raça no governo Bolsonaro

Resumo

O governo de Jair Bolsonaro (2019-2022) é um caso exemplar dos múltiplos fenômenos conservadores vivenciados globalmente e manifestados de forma diferente em cada país atualmente. Este projeto de pesquisa argumenta que as articulações políticas conservadoras atuais diferem das táticas conservadoras do passado, especialmente em relação aos direitos humanos. A concepção e o discurso de políticas públicas de direitos humanos são atualmente uma arena importante para os grupos conservadores. Esses grupos conseguiram conectar a linguagem da política conservadora com o debate sobre os direitos humanos, impondo uma nova gramática a essa dimensão da vida pública, ao mesmo tempo em que reafirmam princípios em oposição às definições de direitos humanos anteriormente aceitas. Raça, gênero e sexualidade desempenham um papel central no caso do governo Bolsonaro, conforme demonstrado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, liderado por Damares Alves. Com base em uma avaliação sistemática das ações desse ministério durante os dois primeiros anos do governo Bolsonaro (2019-2020), nosso trabalho identifica os principais termos da disputa (aqui denominada “uma nova gramática”) e considera seus possíveis impactos para o futuro da produção de políticas públicas de direitos humanos, usando o Brasil como um caso-chave para entender processos semelhantes em outros países.

Jaqueline Moraes Teixeira

Pesquisadora

Jacqueline Teixeira é licenciada em teologia pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie, mestre em sociologia e doutora em antropologia social e sociologia pela USP. Como pesquisadora do CEBRAP e do Núcleo de Estudos de Marcadores Sociais da Diferença da USP, investiga as áreas de gênero, sexualidade e religião. Suas principais atividades e interesses de pesquisa estão nas áreas de antropologia urbana, antropologia da religião e marcadores sociais da diferença. Atualmente é professora substituta no departamento de filosofia da educação e ciências da educação da Faculdade de Educação da USP, professora credenciada no programa de pós-graduação em educação e pesquisadora de pós-doutorado no programa de pós-graduação em antropologia social da mesma universidade.

Disciplina principal: Antropologia

Publicações selecionadas:

Teixeira, Jacqueline M. (2014): “Mídia e performances de gênero na Igreja Universal: O desafio Godllywood. Religião & Sociedade”, 34, 232–256.

Teixeira, Jacqueline M. (2017): “As relações entre Estado e Religião no Brasil”, in: Silva, Felipe G. and José R. Rodriguez (eds.), Manual de Sociologia Jurídica [3 vols.] [4th edition], São Paulo: Ed. Saraiva, 301–335.

Teixeira, Jacqueline M. (2021a): A Mulher Universal: corpo, gênero e pedagogia da prosperidade [2^nd edition], São Paulo: Portal de livros abertos da USP.

Teixeira, Jacqueline M. (2021b): “Disputes pour les droits de l’homme au Brésil:une grammaire évangéliste dans les politiques publiques d’éducation”, in: Basdevant-Gaudemet, Brigitte and David Koussens (eds.), Les protestants évangéliques et la laïcité, Paris: Ed. Université Paris Saclay, 58–78.

Teixeira, Jacqueline M. (2021c): “No es humo, es fuego! Cruzada anti-género y resistencias feministas en Brasil”, in: Vega, Cristina and Cabezas, Marta (eds.), En la/La trinchera patriarcal: Neoliberalismo autoritario y nuevas derechas en Europa y las Américas, Barcelona: Ed. Bellaterra, 201–231.

Marília Moschkovich

Pesquisadora

Marília Moschkovich, socióloga, é mestre e doutora na área de educação e ciências sociais pela Universidade Estadual de Campinas. Suas áreas de interesse são sociologia da educação, sociologia do conhecimento, estudos de gênero, teorias feministas e antropologia. Recebeu a Bolsa Chanceler Alemã para futuros líderes da Fundação Alexander von Humboldt e ocupou cargos acadêmicos na UNC (Universidade Nacional de Córdoba, Argentina), e na EHESS (Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, Paris).

Disciplina principal: Sociologia

Publicações selecionadas:

Moschkovich, Marília and Almeida, Ana Maria F. (2015): “Desigualdades de Gênero na Carreira Acadêmica no Brasil“, in: Dados, 58, 3, 749–789.

Moschkovich, Marília (2017): “Beyond the Academic Glass Ceiling: Notes on the Situation of Women Professors in Brazil”, in: Eggins, Heather (ed.), The Changing Role of Women in Higher Education. Academic and Leadership Issues [The Changing Academy – The Changing Academic Profession in International Comparative Perspective 17], Cham: Springer International Publishing; Imprint: Springer, 291–310.

Moschkovich, Marília (2018): Feminist Gender Wars: The Reception of the Concept of Gender in Brazil (1980s-1990s) and the Global Dynamics of Production and Circulation of Knowledge [PhD Thesis], Campinas: Universidade Estadual de Campinas.

Moschkovich, Marília (2020a): “Notas para um Materialismo Bi-Alético“, in: Revista Brasileira de Estudos da Homocultura, 3, 10, 109–127.

Moschkovich, Marília (2020b): “Sobre laranjas mecânicas, feminismo e psicanálise: natureza e cultura na dialética da alienação voluntária”, in: Teperman, Daniela; Thais Garrafa and Vera Iaconelli (eds.), Coleção Psicanálise e Parentalidade [1 vol.], Belo Horizonte: Autêntica.

2021 Conservadorismos

Projetos educacionais conservadores e suas configurações de convivialidade e desigualdade na Argentina e no Chile: os governos Macri e Piñera (2010-2020)

Resumo

This research group examines the educational projects of conservative actors in Chile and Argentina over the last decade from an interdisciplinary, transnational, and comparative perspective. We focus on the governments of Sebastián Piñera (2010-2014 and 2018-present) and Mauricio Macri (2015-2019) as well as their mutual linkages with private actors. We understand education as a crucial practice that builds cultural hegemony through the transmission of knowledge, values, and ideas in order to produce consensus and social conformity. The group combines two key analyses: the analysis of educational strategies and programmes aimed at students; and, using a broader definition of education, the analysis of visual materials and music as political persuasion strategies aimed at society as a whole. Specifically, we examine the educational projects firstly in terms of their forms of legitimisation and symbolic representation of class, ethnic, and gender-related hierarchies and differences; and secondly in terms of the underlying imaginaries of conviviality. The group analyses texts, visual materials, and musical compositions using discourse analysis (Hajer 2004), the constant comparative method (Glaser & Strauss 1967), the iconographic-iconological method (Brocks 2012 among others), and Brenner’s (1992) theoretical multilevel model for the political use of music.

Cinthia Wanschelbaum

Investigadora

Cinthia Wanschelbaum é doutora em ciências da educação pela UBA (Universidade de Buenos Aires). É pesquisadora do CONICET no Instituto de Pesquisa em Ciências da Educação da UBA e professora associada no departamento de educação da UNLu (Universidade Nacional de Luján). Leciona em cursos de pós-graduação de diferentes universidades nacionais em toda a Argentina. Recebeu bolsas do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD) e da Fundação Alexander von Humboldt para realizar pesquisas na HU Berlin (Universidade Humboldt de Berlim).

Disciplina principal: Ciência da Educação

Publicações selecionadas:

Wanschelbaum, Cinthia (2015): “Educación y terrorismo de Estado en la Argentina. La política educativa de los dinosaurios“, in: Pedagógica, Nº3. Departamento de Pedagogía, Política y Sociedad, Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación, 3, 57–72.

Wanschelbaum, Cinthia (2018): “La política educativa del aristogato“, in: Márgenes. Revista de Economía Política, 4, 37–45.

Wanschelbaum, Cinthia (2019): “Educación y desigualdad. Un análisis histórico-crítico de la Educación de Jóvenes y Adultos en Argentina“, in: Polifonías. Revista de Educación, VII, 23–42.

Wanschelbaum, Cinthia (2020): “El movimiento reformista del 55 al 66. La lucha “laica o libre” y el Departamento de Extensión Universitaria”, in: Feldfeber, Myriam and María Inés Maañon (eds.), La Educación Superior como derecho: a 100 años de la Reforma Universitaria, Buenos Aires: Editorial de la Facultad de Filosofía y Letras, 15–18.

Wanschelbaum, Cinthia (2021): “Una universidad para el pueblo. El proyecto político-pedagógico y las acciones del Departamento de Extensión Universitaria de la Universidad de Buenos Aires (1956-1966)”, in: Carli, Sandra (ed.), Historia de la Universidad de Buenos Aires (1945-1983), Buenos Aires: EUDEBA (forthcoming).

Cristina Alarcón

Investigadora

Katharina Schembs

Investigadora