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conviviality-inequality in latin america
A ascensão de políticos vindos das polícias e a politização das forças policiais são fenômenos notáveis nos últimos anos no Brasil. É comum ver nesses novos atores o reforço de um discurso já tradicional: o da violência como linha de força no desenho do que a segurança deve ser. Para muitos a glorificação e enaltecimento da violência das forças policiais seriam as melhores formas de reagir contra o crime e garantir a segurança.
Quem ganha e quem perde quando a violência adquire tal protagonismo, sufocando outras formas de se pensar sobre essas questões?
Nossa conversa é com a antropóloga Susana Durão, professora da Universidade Estadual de Campinas e Senior Fellow do Mecila em 2020. Com ela vamos compreender o que significa essa negociação da violência na segurança pública e, por outro lado, a negociação da não-violência na segurança privada.
Susana Durão é professora adjunta de antropologia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Suas áreas de interesse são segurança pública e privada, segurança-hospitalidade, violência urbana, trabalho policial e desigualdade, estudos sobre pluralidade policial e treinamento policial, seguindo uma perspectiva etnográfica urbana. Ela realizou trabalhos de campo em Portugal, no Brasil e em países Africanos de língua portuguesa.
“Detention: Police Discretion Revisited” In: Didier Fassin (Ed.) | Writing the World of Policing: The Difference Ethnography Makes (The University of Chicago Press, 2017)
“Policiamento de proximidade em Portugal: limites de uma metáfora mobilizadora”. In: Durão, S. e Darck, M. (orgs) | Polícia, segurança e ordem pública: perspectivas portuguesas e brasileiras. (Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2012)